A encerrar a época, uma prova muito diferente de todas as anteriores: na Islândia, com início às 22:20 de Portugal (menos uma na Islândia) e término pouco depois da meia-noite, à luz do dia (não há noite na Islândia nesta altura do ano) e, embora sempre em alcatrão, pelo meio da natureza (passei por vários jardins, cascatas, lagoas, coelhos, etc.).

Nesta fase da época, o meu objectivo consistia apenas em participar e concluir esta prova especial. Com efeito, a minha esperança em obter um bom tempo nesta prova era quase nula, o que se justificava pelo facto de ser a última corrida da época (a minha primeira época completa de atletismo, aos 46 anos!); dos últimos treinos realizados não terem sido totalmente conseguidos devido ao calor que se faz sentir nesta altura em Portugal; das duas viagens de avião efectuadas nos dois dias anteriores (escala e pernoita em Londres, antes do vôo final para Reykjavik); e do percurso marcado por muitas subidas e descidas. Por isso, pretendia adoptar desde o início da prova um ritmo calmo e desfrutar o mais possível do percurso. Inclusivamente, ao contrário do habitual, até levei o telemóvel para tirar umas fotos.

 

Na noite da prova a temperatura estava agradável e não havia chuva ou vento. A partida foi muito diferente das habituais em Portugal. Embora não houvesse blocos de partida, os atletas estavam à larga, sem empurrões, espalhando-se ao longo da estrada de acordo com o que pensavam ser os seus ritmos relativos.

 

Mais uma vez, os objectivos estabelecidos foram esquecidos logo nos primeiros metros. Apesar de realmente estar a conter o passo, o ritmo inicial foi demasiado forte para provas desta distância: os primeiros 4 kms foram realizados a um ritmo médio de 4:56 min/km.

Os dez kms seguintes foram marcados por várias subidas e descidas relativamente acentuadas, tendo sido realizados a um ritmo médio de 5:07 e oscilando entre os 4:57 e os 5:32 por km. Durante o km 15 tive de parar para atar os sapatos e a partir daí a corrida não voltou a ser a mesma. Senti uma grande dificuldade em retomar o ritmo anterior e os últimos kms foram mesmo de "sofrimento", com o ritmo a baixar continuamente, atingindo um mínimo de 5:51 no km 20 (será que ter tomado apenas um gel em vez dos dois habituais provocou esta quebra física?).

Apesar da parte final, o tempo final obtido (1:50:33) não deixa de ser razoável para esta altura do ano. Além disso, o final foi em grande, pois cortei a meta com a Teresa a correr ao meu lado.

No global, esta meia maratona foi a mais solitária que já realizei. Com apenas 527 atletas chegados à meta, houve poucas ultrapassagens ao longo do percurso e corri por diversas vezes de forma isolada. Também a reportagem fotográfica foi fraquinha. No entanto, trata-se de uma prova muito bonita e original e que aconselho vivamente. Só foi pena o sol da meia-noite não ter aparecido, embora tivesse estado sempre claro.

A Esmeralda participou na prova de 5K e bateu o seu recorde pessoal.

 

No dia seguinte à prova, iniciámos a nossa (espectacular) volta à Islândia em auto-caravana. Algumas fotos do nosso passeio estão disponíveis aqui.

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Resumo

Tempo oficial líquido: 1:51:22
Tempo efectivo em 21,0975K: 1:50:33
Ritmo efectivo: 5:14 min/km
Classificação geral: 158 / 527
Classificação escalão (M4049): 37 / 74